quarta-feira, 22 de junho de 2011

SOCIAL

Tempo frio aumenta em 50% procura pelo Abrigo Provisório



O clima frio e o maior número de trabalhadores vindos de outras cidades para a colheita de café na região de Franca aumentam em mais de 50% a procura pelo Abrigo Provisório “Antônio de Carvalho”, nos meses de junho e julho. Com o início do inverno, a expectativa é que mais pessoas procurem o local que serve como espaço para repouso e alimentação. Para atender a população de rua, o trabalho de rondas foi intensificado pelas equipes do Busca Ativa, projeto da Prefeitura e da Secretaria de Ação Social que convidam andarilhos a irem para o Abrigo Provisório.
Neste período de noites frias, a média de atendimento na entidade sobe de 40 para 60 usuários. Os atendidos têm direito a pouso, banho, refeições como café da manhã, almoço, lanche, jantar, além de kit higiênico (sabonete, papel higiênico, pasta, escova e pente). “Quem procura o local também pode receber auxílio na busca de emprego ou na compra de passagens de ônibus para suas cidades de origem, tratamentos de saúde e retirada de documentos”, disse o administrador da casa, Adair de Carvalho Costa.

Com as temperaturas mais baixas, muitos buscam o Abrigo voluntariamente. “Esse tempo frio faz com que muitos moradores de rua venham por vontade própria. Só nesta manhã (de ontem), após ligação de moradores, buscamos duas pessoas, e pelo menos cinco vieram sozinhas”, disse Adair. Há também os que estão trabalhando temporariamente na cidade. “Muitos não têm condições de moradias, como alguns colhedores de café que passam algumas semanas por aqui.”
Segundo o secretário de Ação Social, Roberto Nunes Rocha, responsável pelo Busca Ativa, as rondas foram intensificadas desde o mês passado. As equipes formadas por agentes sociais, guarda civil e polícia militar vão às ruas e chegam a abordar até dez pessoas por dia. Após as 18 horas, quem faz a ronda é a guarda. “Contamos com o apoio de diferentes autoridades, mas os moradores de rua não são obrigados a aceitarem dormir no abrigo. Não podemos forçar, apenas lembramos eles que a unidade não serve apenas para protegê-los do frio e, sim, prestar atendimentos básicos como acompanhamento psicológico”, disse Rocha.
O Abrigo Provisório passou por reformas no início deste ano e passou a ter 85 leitos. Além do atendimento social e psicológico, os abrigados desenvolvem trabalhos na marcenaria, na horta e ajudam na limpeza dos quartos. No ano passado, 3 mil pessoas passaram pela unidade, que fica localizada na Avenida Dom Pedro I, Vila Gosue


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